Poemário.

Poemário.

sábado, 30 de abril de 2011

Panorama

Vivemos
rente aos trópicos

Onde as águas de março costumavam fechar o verão

Alimentamos pensamentos utópicos
E usamos a biodiversidade como fonte de inspiração
Vejo uma senhora vendendo balas em frente ao metrô
No campo, máquinas substituem o agricultor

Imagino como era tudo no tempo do meu avô
Quando não existiam telefones celulares, garrafas
pet e nem isopor


Dos bangalôs da Tailândia aos barracos do Vidigal
Dos iates em Ibiza aos soundsystems em Trenchtown

Há algo que move a todos com a mesma força vital

A busca da  felicidade e a realização pessoal

Se canta com força, com força a vida
Mantenha essa chama que há em você no peito contida
De relance me vejo pedalando um camelo
Coqueiros e areia em primeiro plano e ao fundo um
navio petroleiro

Calotas polares derretem e modificamos códigos
genéticos em nome da ciência

O Homo se diz Sapiens, mas por um lado parece
faltar a sapiência

Que o espaço-tempo é curvo, Einstein provou a
partir de um lampejo

Realmente não sei se o que você chama de verde a
mesma cor que eu vejo

Alheia a isso, a maioria continua exaltando o luxo
e a propriedade privada

Esquece que caixão não tem gaveta
E que dessa passagem, a aprendizagem é a única
bagagem levada

Mas há crianças, há sorrisos, há o Maraca domingo
O panorama não agrada, mas não há porque se
desesperar

Pela simples noção de que é uma dádiva estar vivo..

2 comentários:

  1. nossa, adorei...
    foi a coisa + profunda q eoo ja vi em mto tempo...
    ta de parabens amr...
    adoorooo te... ^^

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  2. Alguem tem que ser realista e falar do panorama !
    Adoro vocee amorr ..
    Obrigadinho !!

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