Poemário.

Poemário.

domingo, 28 de agosto de 2011

Pamela Pereira - Uma parte de mim.

[...]   
Você nunca vai estar sozinha.
Deste momento em diante,
Se você se sentir que está partindo..
Não vou deixar você cair !
Quando toda a esperança estiver desaparecido,
Eu sei que você poderá continuar.
Vamos ver o mundo..
Vou te segurar até a dor passar.


Te amo minha melhor


                                                                Jéssikiinha.Santos

sábado, 27 de agosto de 2011

Utopias do meu ser . Sem restrições.

As paranoias ainda me encurrlam em becos..
Contradições ainda me deixam tonta..

A frieza que adquiri no decorrer desses anos,não me deixou mais forte, mas sim com feridas que não curam.
Tentar esconder o que sinto não adiantará em nada. 
Tudo parece ser em vão.
Vida vã.
Vida vã.

Meu sorriso nem sempre significou estar em plena felicidade.
Me observo e vejo as ideias flutuarem para fora do corpo.
Olho para baixo e elas descem da janelas e correm...

Olho para minha cama vazia e penso em outra cama.
Sinto outro quarto dentro de mim.
Os pássaros já não cantam mais !
O dia nublado se mescla junto ao vento.

O sonho me destrói, reconstrói e me afunda.
Nostalgias, utopias.
O início do fim grita ao silêncio.

Minhas asas devem ser de chumbo, por isso estagnaram minha alegria a esse fingimento.
Os sonhos caminham em marcha fúnebre ao fim.
O amor me agride !
Me sufoca,faz de mim mera coincidência do destino.

Destino traçado pelo sangue que escorre de minhas feridas.

Sem restrições ao sofrer.
Apenas ao ficar.
E pensar.
        
Tão longe as luzes se apagam,
não existe mais nada à respeito.
[...]There is always hope'.
                                                                    
                                                               Jéssikiinha.Santos

A um amigo.

Porque as pessoas que gostamos tem que estar tão longe ?

Lágrimas escuras - devido a maquiagem negra nos meus olhos - deslisam sob meu rosto, ao pensar em você.
As imagens -surreais - em meu pensamento, aumentam o aperto em meu peito.
Te vejo abrir os olhos pela manhã de um dia sem sol, como eu desejaria ser a primeira a te dar bom dia e receber teu sorriso matutino, ainda meio amassado da noite dormida.
Ao passar da tarde, imagino quantos pensamentos poderíamos compartilhar.
E ao cair da noite andaríamos pelas ruas, cantarolando nossas canções favoritas.
E o último desejar de boa noite seria meu...
E sonharia viver todos os dias com você.
Compartilharíamos sorrisos e conquistas, lágrimas e decepções.
E assim viveríamos.
Você faz parte da minha vida mesmo não partilhando esses momentos.

Te adoro demais.

                                                        Jéssikiinha.Santos

sábado, 20 de agosto de 2011

Pés descalços.

Havia pés descalços, uma face marcada pelo traço que as lágrimas haviam deixado.
O ar de superioridade já não existia ali.
Era como se fosse pó.
A única maneria de saber que ainda existia vida naquele corpo de menina, era pelo pulsar dolorido que seu coração exercia...
O sol ainda estava à pino, mas a solidão já ocupava um lugar ali e já havia muito tempo.
A garota de cabelos amarrados no alto, não sabia porque estava ali.
Talvez estivesse sóbria ou fora de si.
Não pode conter a dor por não ver nenhuma face conhecida em volta.
Ela desabou, literalmente.
Suas mãos apertadas contra o peito, pareciam empurrar a dor de volta.
Uma tentativa fracassada.
Tentou chamar por nomes que em algum momento de sua vida fizeram sentido.
Mas, não houve nenhuma resposta, a não ser o ecoar de suas feridas que vinham do horizonte, ou de qualquer outro lugar.
Pois já não tinha percepção de espaço e tempo naquele momento.
Ela pensou em terminar.
Terminar com sua vida, com sua dor e principalmente com aquelas lembranças surreais, que ela nem sabia se eram boas.
Então, por um segundo a menina ergueu os olhos para algo que eu não consegui ver, e sorriu.
Naquele momento a vida da garota chegou ao fim.

                                                                       Jéssikinha.Santos

Minha alma de Poeta.


Meu sonho, eu te perdi.

O verso que havia no fundo de minha alma.
Eu cresci.
Lembro-me de ti poesia,
era simples e fatal, mas não trazia carícias.
Levava em cada palavra a ânsia
de todo o sofrimento vivido.

Queria dizer-lhe coisas simples,
que não ferissem teus ouvidos.

Mas tu, poesia
 tu que me afogaste em desesperos e me esquecestes.
E me afogaste de novo e me salvaste,
me trouxe à borda de abismos irreais,
onde vivia a loucura
e depois eram abismos verdadeiros.
Ideais e ideias em lágrimas e castigos.
No entanto, era mais belo o tempo em que sonhavas...

Que sonho é minha vida ?
Direi que é meu caminho, minha alma de poeta.

Devesse eu nunca mais atender aos apelos do íntimo.
Quem me dera não sonhar mais !
Nada de tristezas, nem saudades,
apenas menina.

Se soubesse que força, que loucura
contra uma carne tão alucinada !
Nessas quatro paredes de minha alma.
Não sei o que seria se soubesse o impulso
que me impede.

É muito triste sofrer,
sabendo que não há remédio.
E tendo que ver a cada instante
que é assim mesmo, que sorrir é questão de paciência.

Tanto passado que me alucina,
tanta saudade que me aniquila.
Nas tardes, nas manhãs, nas noites de insônia.
Choro.
Choro atrozmente.

Basta !
Porque todo o meu ser sofre de solidão?
Porque a necessidade de ter mil carícias constantes ?
Tenho tido muita delicadeza inútil...
Tenho me sacrificado demais.

Não teria mais lembranças,
nada me surpreenderá.
Passarei lúcida e fria,
como um cadáver num rio.
E quando, de um lugar
chegar-me o apelo vazio..
Nem adeus eu lhe direi,
num oco espaço
libertada sumirei...


                                              Jéssikiinha.Santos                                           


domingo, 14 de agosto de 2011

Para:meu Filho De:seu velho Pai ..


Amado Filho,
O dia em que este velho já não for o mesmo, tenha paciência e me compreenda.
Quando eu derramar comida sobre minha camisa e esquecer como amarrar meus sapatos, tenha paciência comigo e se lembre das horas que passei te ensinando a fazer as mesmas coisas.
Se quando conversa comigo, repito e repito as mesmas palavras e sabes de sobra como termina, não me interrompas e me escute. Quando era pequeno, para que dormisse, tive que contar-lhe milhares de vezes a mesma história até que fechasse os olhinhos.
Quando estivermos reunidos e, sem querer, fizer minhas necessidades, não fique com vergonha e compreenda que não tenho a culpo disto, pois já não as posso controlar. Pensa quantas vezes quando menino te ajudei e estive pacientemente a seu lado esperando que terminasse o que estava fazendo.
Não me reproves porque não queira tomar banho; não me chames a atenção por isto. Lembre-se dos momentos que te persegui e os mil pretextos que tive que inventar para tornar mais agradável o seu banho.
Quando me vejas inútil e ignorante na frente de todas as coisas tecnológicas que já não poderei entender, te suplico que me dê todo o tempo que seja necessário para não me machucar com o seu sorriso sarcástico. 
Lembre-se que fui eu quem te ensinou tantas coisas.
Comer, se vestir e como enfrentar a vida tão bem com o faz, são produto de meu esforço e perseverança.
Quando em algum momento, enquanto conversamos, eu chegue a me esquecer do que  estávamos falando, me dê todo o tempo que seja necessário até que eu me lembre, e se não posso fazê-lo não fique impaciente; talvez não fosse importante o  que falava e a única coisa  que queria era estar contigo e que me escutasse nesse momento.
Se alguma vez já não quero comer, não insistas. Sei quando posso e quando não devo.
Também compreenda que, com o tempo, já não tenho dentes para morder, nem gosto para sentir.
Quando minhas pernas falharem por estarem cansadas para andar, dá-me sua mão terna para me apoiar, como eu o fiz quando começou a caminhar com suas fracas perninhas.
Por último, quando algum dia me ouvir dizer que já não quero viver e só quero morrer, não te enfades. Algum dia entenderás que isto não tem a ver com seu carinho ou o quanto te amei.
Trate de compreender que já não vivo, senão que sobrevivo, e isto não é viver.
Sempre quis o melhor para você e preparei os caminhos que deve  percorrer.
Então pense que com este passo que me adianto a dar, estarei construindo para você outra rota em outro tempo, porém sempre contigo.
Não se sinta triste, enojado ou impotente por me ver assim. Dá-me seu coração, compreenda-me e me apoie como o fiz quando começaste a viver.
Da mesma maneira que te acompanhei em seu caminho, te peço que me acompanhe para terminar o meu.
Dê-me amor e paciência, que te devolverei gratidão e sorrisos com o imenso amor que tenho por você.
Atenciosamente,
Teu Velho.


By: Jéssikiinha.Santos
* Parabéns a todos os pais pelo seu dia.

domingo, 7 de agosto de 2011

Despedida




     [...]  E assim quando mais tarde me procure
            Quem sabe a morte (angústia de quem vive);
            Quem sabe a solidão (fim de quem ama)..
            Eu posso me dizer do amor (que tive)
            Que não seja imortal, posto que é chama
            Mas, que seja eterno enquanto existires.                                         


                             By : Vinicius de Moraes.

sábado, 6 de agosto de 2011

A gota

Estou num lugar muito distante, não sinto mais o cheiro e os gostos...
Passo por pessoas rapidamente como uma gota de chuva que desliza pela janela do carro.
Porque estou observando uma gota ?
Vi quando ela chegou..Mansamente foi criando forma..
Me lembrei da minha vida.. Me lembrei quando mansamente o amor chegou..
A gota rolou.. No decorrer de sua trajetória esbarrou em outras gotas tornando-se maior..
Era como na minha vida, no decorrer do percurso também encontrei pessoas que me deixaram mais forte.
A gota não pareceu se importar com o vento que tentava manda-la para longe.
Permaneceu ali.
Quando o vento quis me mandar pra longe, eu desviei como a gota.
Parecia que a gota havia enfim tinha chegado ao final ..
Mas ela não era mais grande como quando encontrou com as outras gotas..
Havia diminuído perceptivelmente..
Quase instantaneamente também percebi que também não era tão forte como antes.
Algumas pessoas me deixaram eu algum momento e por alguma razão que ainda desconheço.
A gota por um instante parecia que me observava, o ar de reprovação pairava pelo ar naquele momento.
Havia desaparecido a gota que me deu a oportunidade de me sentir confortável por quem eu sou hoje.
Então concluí que no decorrer desses anos, depois que o amor chegou em minha vida, algumas coisas mudaram completamente.. 
Os amigos mudaram.. 
As lágrimas ficaram mais constantes depois de algumas feridas.
Algumas pessoas me deixaram.
Outras apareceram e preencheram um lugar na minha vida.
O amor me deu alegrias.
O amor me deu angústias.
O amor me deu oportunidades.
O amor me tirou oportunidades.
O amor me deu a observação de uma gota.
O amor pode ter me dado você..
E me tirado você.


Obrigado Gota.By : Jéssikiinha.Santos