Poemário.

Poemário.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Uma tarde regada a chuva

Era uma aventura.
Parecíamos estar na Terra do Nunca.
Sim, éramos os Meninos Perdidos !
Naquela chuva...
Fomos felizes naquela chuva.
E fim.


Obrigado por compartilhar esses momentos comigo !
Meus melhores -
Lucas Valle e Zammis Martines.
Amo vocês !


                                                      Jees.Santos

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Diário da Morte - O observar de uma boa menina

° Uma verdadezinha°


Eu não carrego gadanha nem foice.
Só uso um manto preto com capuz quando faz frio.
E não tenho aquelas feições de caveira que vocês parecem gostar de me atribuir a distância.
Quer saber a minha verdadeira aparência ?
Eu ajudo.
Procure um espelho enquanto continuo.

                                                                       Markus Zusak


Se você ficar a procurar dentre a multidão por uma garotinha, não vai encontra-la.
Ela cresceu, se tornou uma mulher.




Não há maneiras de mudar isso.
Aquele coração está cansado.
Um coração de dezessete anos, não era para estar assim.
Um adeus de alguns anos atrás, fez com que  ela se tornasse assim.
Era tarde, o tilintar do relógio a avisava - essa nota atravessaria a madrugada.
Mesmo assim continuou.
Desejou que algo atravessa-se aquelas paredes e a levasse dali.
Desejou que as paredes a atravessassem e levassem algo dali.
Era um modo estúpido de pensar, mas era o que lhe surgira naquele instante.
Lembrou-se de amigos e de como detestou aquela chuva.
Bons momentos, agora ela fora os guardar.
Imaginou o adeus a eles e viu como aquilo lhe doeria.
Era óbvio, era necessário e assim o fizera.
Partiu.
Não houve anseios de volta, nem promessas de manter contato, aquela parte de sua história terminava ali.
Agora era só, desejava estar só.
Caminhava...
Era o mais angustiante por do sol que ela já vira.
Riscava-se à frente de um céu pálido, ferido.
Podia ouvir notas musicais avulsas e pesadas, aquelas se depositaram em seu ombro e assim a acompanharam...
Sou eu que a observo, então vou descreve-la a você.
Eu a via de uma distância razoável - não podia estar ao seu lado, questões de... blá, blá, blá ! 
Isso não lhe interessaria agora.
Vamos voltar.
Mantinha-se em postura, podia ouvir o pulsar de seu coração cansado, algo que escorria-lhe à partir do traço de sua testa, cortou-lhe pelos lábios, deixando um fio denso de cor vermelha a lhe secar um pouco depois do pescoço.
Algumas lágrimas atreveram-se a pular, mas ela as segurou até o último momento.
Seus ossos estralavam a cada novo passo, seus braços pendiam ao lado, seus olhos eram frios, estáticos.
Parou.
O sol já havia desaparecido e em seu lugar um risco em forma de foice prateada prostava-se num céu completamente escuro e mudo.
Aquilo roubou sua respiração por duas vezes e então ela se lembrou de soltar o ar.
Não era forte, mas fingia ser a si mesma.
Percorreu o local somente com o olhar. 
Voltou a seu esconderijo do mundo real...
Achou por entre os destroços de seu passado, sua cama e nela se refugiou.
Deixou que o escuro entrasse e se acomodasse.
Proferiu a si mesma palavras rudes, veio a ânsia de grita-las, mas ela não fez.
Algumas palavras flutuaram acima dela e depois correram.
Ela esperou a asfixia do sono e este então veio.


                                                                             
                                                                          Jees.Santos

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

The Poison

A morte que sugou todo o mel de teu doce hálito, não teve poder nenhum sobre tua beleza.
                                                           Romeu e Julieta - Willian Shakespeare.




Um adeus.
Era assim que conseguia colocar em palavras.
Veja elas fluírem.
O céu era de um escuro enigmático.
Havia o som de água em queda não muito longe.
Em algum momento fui levada até ali, só não sei como.
Estava sentada e minha cabeça girava, minhas ideias gritavam ao silêncio.
A lógica de toda essa viagem deverá aparecer até acabarmos.
Sons estrondosos me invadiram e atravessaram minha pele.
Que dor era aquela, tão forte que descreve-la pareceria muito clichê.
O céu se transformava agora em um cinza, apenas um tempo morto em cinzas.
De praxe podia ver imagens conhecidas em borrões.
Chegavam e iam atrozmente sem se importar com as feridas que  estavam sendo abertas, novamente.
Um olhar panorâmico: mil faces se entreolhavam e me olhavam.
Me julgavam.
Estúpidas criaturas !
Assim se passaram um ou dois minutos/horas.
Não é difícil de entender, deixe apenas sua mente aberta.
Fique entre as palavras, não as perca entre os pontos.
Via seu rosto, seu gesto no meu.
Lágrimas queriam afogar-me.
Tua face gélida entre minhas mãos.
Em que momento aquilo tinha ganhado tamanho impacto dentro de mim ?
Droga, como isso dói.
Não imagina a luta que se forma dentro de mim.
Não tinha mais vida em você, seus olhos costuravam em um paradoxo.
Meu corpo estremeceu ao entrar em contato com o seu, seus dedos eram de um começar de roxo.
Em seu rosto apareciam marcas de luta, sua alma não seria tão fácil assim, Ela teria que se esforçar.
Seus lábios pareciam estar dormindo.
Deixei que o mundo se encarrega-se do nosso fim.
Provei mais uma vez a sensação de ter os meus lábios nos teus, um gosto amargo se desfez dentro de mim, como mil lâminas a me rasgar.
Tinha em si o veneno, e nessa viagem não encontramos razões lógicas, apenas corações em pedaços e agora o frio que tomava para si o meu corpo junto ao teu.
E então era a luz.
E agora o escuro.


                                                                  Jees.Santos

domingo, 18 de dezembro de 2011

Gnomos no meu quintal

Era a melhor parte de mim que estava ali presente.
Em estados melancólicos de TPM, nos mantínhamos inteiras.
Pois é meninos, vocês nunca entenderiam como é.


Vamos elevar ao inimaginável !

Eram pequenos e corriam...
Brincavam no meu quintal a luz da lua.
Criaturinhas azuis, faziam rodas e nos faziam gargalhar.

A realidade.

Cada uma em seu canto, perdidas em seus vícios rotineiros, embaladas na suave brisa que as  rodeava e pairava se misturando as estrelas.
Trocávamos ideias absurdas, mas sempre absorvendo as melhores estratégias.

Ao irreal.

Cantavam e tagarelavam em um  idioma que não conseguimos distinguir.
Brindavam, surgiam de cima dos telhados e voltavam a se esconder.







De volta a realidade, malditos gnomos vocês vão quebrar o telhado !

                                                   
                                                                        Jees.Santos


Dedicado : à Pamela Barbosa Pereira.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

O fim - A cidade está em chamas

Venha assistir o fim ao meu lado.
E então brindaremos a ele com champanhe !


O céu era de um rasgo cinza.
Os prédios pareciam ser destacáveis, alguém os havia colado ali.
O dia parecia caótico demais.
O calor excessivo não era coincidência, parecia que atravessava a pele e queimava por dentro.
Mais ao fundo o caos se formava.
A cidade queimava.
Tudo o que você já conheceu estava queimando.
Ela estava presente, ao seu chegar o céu se transformou em um risco vermelho e apesar do ironismo, aquilo tudo se revirava entre sangue e lágrimas.
O que se podia ouvir era o pulsar de corações parando e almas sendo levadas.
Imaginei o adeus a alguns, mas não o fiz.
Instantaneamente vi meus versos queimarem dentro das gavetas e depois queimavam dentro de mim, por algum tempo o que me tomou foi a raiva.
Não se preocupe, aqui não existem heróis, tudo está se tornando, se transformando e depois apenas acaba e se vai.
Venha, vamos continuar a olhar.
Observe-a em seu trabalho.
Você sabe a quem me refiro, hoje ela não está mais oculta.
Qualquer que seja o pedido, a cidade continua a queimar.
Falecendo em cinzas, sinto sua presença agora mais próxima.
E desaparecendo nesse verso, brindaremos uma última vez e sorriremos.
Achando por entre as saídas seu encontro.
E a cidade continuava a queimar, tudo o que você conhecia e amava acaba aqui.


                                                             Jees.Santos

domingo, 11 de dezembro de 2011

Uma menina de trevas - Nota perdida

Como todos os sofrimentos, esse começou com uma felicidade.

Agora o fogo já não passava de um funeral de fumaça, a um tempo morto e agonizante.
Nessa madrugada específica, também houve vozes.
Quantas consequências que essas nódoas me trazem.
Quanto fingimento ainda conseguirei impor sobre essa mentira de vida.
Apenas uma nota, perdida dentre meus versos espalhados pelo quarto.
Isso não mudará em nada.
É só um pedaço de mim transcrito em palavras.
E fim.


Não me imagine mal.
Compreenda-me como lhe convém.
Não preciso ser uma menina de trevas aparentemente, trago muito mais coisas dentro de mim do que você possa imaginar.
Observe-me.



                                                   Jees.Santos

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Pesadelo

Não vai importar aqui quem eu seja, se sou imortal, se sou apenas uma estúpida humana.
Não vai importar se me tornei uma mulher forte ou se continuo a ser aquela garotinha fria.


Isso não é um sonho.
Enroscada sobre os lençóis, é assim que me encontrava.
Perdida dentre meus pesadelos.
Não dava para ouvir meus gritos e em consequência disso, ninguém veiu para me salvar.
Apenas um choro abafado.
Depois de tanto tentar acordar,  percebi que não estava dormindo.
Era tudo real.
Doía como no mundo real.
Uma última luta.
Um último adeus.
Algumas lágrimas ainda permaneciam.
Era tudo muito escuro, não havia como enxergar o final.
Como me corroía, como me atingia.
Era tudo tão nostálgico.
Me lembrava do meu sorriso, e depois em despedidas.
Está tudo tão perfeitamente errado.
Fingir não se importar com o que sinto, não vai mudar nada.
E desejar ao contrário também não.
Volto ao pesadelo.
Agora estou dormindo.
Me vejo correr e me esconder.
Algo está vindo.
Está prestes a acontecer, sou eu a quem estás a perseguir ?!
O que ganharemos com isso ?
Alucinações me fazem estremecer.
Imagens passam por mim, correm e desaparecem.
O gosto amargo da felicidade fingida me faz desmoronar.
Encontro comigo em cada borrão.
Estou mais em mim, quando sofro.
Sofro mais, quando estou em mim.
E somente em mim.
Por favor me faça acordar !

                                                              Jees.Santos

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Cartas Mortas

Tento aqui ser apenas menina.
Algumas palavras avulsas, que nesse momento fazem sentido.


Pass auf, Kind !

Vamos fingir aqui que instintivamente minha palavras mudam cabeças.
E qual o melhor momento para um  adeus ?
Vamos então deixa-lo para o final.

Nesse momento sinto que sou um pouco mais do que mera coincidência do destino.
Talvez um pouco mais do que pó.

Luzes brilhantes ofuscam meus olhos.
Palavras se misturam em lágrimas e se embaralham ao sair.
Não se preocupe, não são lágrimas de dor.

Tudo se torna tão monótono.
E um pedaço de céu invade meu mundo !
E sei que passei todas as vidas, antes desta, procurando você.
Não alguém como você, mas você, porque a sua alma e a minha têm de estar juntas.

Talvez isto seja surreal.
Mas do que nos importa viver lúcidos ou na loucura.

Queria expressar- me por palavras simples.
Mas são sempre palavras duras e frias.
Queria ser somente aquela que paresse parar no tempo quando está em seus braços.

Um minuto.
Espere é somente um minuto nada mais !

Faces desconhecidas me rodeiam.
A felicidade parece flutuar.
Minhas palavras saem e correm.
Desaparecem.

Por quanto tempo estará presente ?
Por quanto tempo ficará ausente ?

Só tome cuidado com o adeus, garota !

                                               
                                                              Jees.Santos

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Enfim - do começo ao fim.


Trago aqui o discurso de formatura de Jéssica Stanley, interpretada por Anna Kendrick, no filme A saga Crepúsculo - Eclipse.

Quando tínhamos cinco anos, nos pediram que disséssemos o que queríamos ser quando crescêssemos.
Nossas respostas foram coisas como astronauta, presidente, ou no meu caso, uma princesa.
Quando estávamos com dez anos, eles perguntaram novamente.
Nós respondemos estrelas do rock, cowboy, ou no meu caso, medalhista de ouro.
Mas agora que nós crescemos, eles querem uma resposta séria.
Bem, quem diabos sabe ?
Este não é o momento de tomar decisões duras e rápidas, esta é a hora de cometer erros.
Pegar o trem errado e ficar preso em algum lugar.
Apaixone-se... muito !
Se interesse por filosofia, porque não há nenhuma maneira de fazer uma carreira além disso.
Mude sua mente e mude de novo, porque nada é permanente.
Então, cometa muitos erros, como você pode.
Dessa forma, algum dia, quando voltarem a perguntar o que queremos ser, não teremos de adivinhar.
Nós saberemos !



Pois é, tudo se modificando e nós nos tornando '' gente grande '' !
Esse ano, como já foi dito, encontramos amigos que nos fizeram perceber que tudo pode ficar ainda melhor - mais bagunçado !
Não existe muito o que expressar...
Mais a cada um de vocês desejo toda a positividade.
Valeu por todas as manhãs 3°B !


 Jéssikiinha.Santos