Poemário.

Poemário.

sábado, 20 de agosto de 2011

Minha alma de Poeta.


Meu sonho, eu te perdi.

O verso que havia no fundo de minha alma.
Eu cresci.
Lembro-me de ti poesia,
era simples e fatal, mas não trazia carícias.
Levava em cada palavra a ânsia
de todo o sofrimento vivido.

Queria dizer-lhe coisas simples,
que não ferissem teus ouvidos.

Mas tu, poesia
 tu que me afogaste em desesperos e me esquecestes.
E me afogaste de novo e me salvaste,
me trouxe à borda de abismos irreais,
onde vivia a loucura
e depois eram abismos verdadeiros.
Ideais e ideias em lágrimas e castigos.
No entanto, era mais belo o tempo em que sonhavas...

Que sonho é minha vida ?
Direi que é meu caminho, minha alma de poeta.

Devesse eu nunca mais atender aos apelos do íntimo.
Quem me dera não sonhar mais !
Nada de tristezas, nem saudades,
apenas menina.

Se soubesse que força, que loucura
contra uma carne tão alucinada !
Nessas quatro paredes de minha alma.
Não sei o que seria se soubesse o impulso
que me impede.

É muito triste sofrer,
sabendo que não há remédio.
E tendo que ver a cada instante
que é assim mesmo, que sorrir é questão de paciência.

Tanto passado que me alucina,
tanta saudade que me aniquila.
Nas tardes, nas manhãs, nas noites de insônia.
Choro.
Choro atrozmente.

Basta !
Porque todo o meu ser sofre de solidão?
Porque a necessidade de ter mil carícias constantes ?
Tenho tido muita delicadeza inútil...
Tenho me sacrificado demais.

Não teria mais lembranças,
nada me surpreenderá.
Passarei lúcida e fria,
como um cadáver num rio.
E quando, de um lugar
chegar-me o apelo vazio..
Nem adeus eu lhe direi,
num oco espaço
libertada sumirei...


                                              Jéssikiinha.Santos                                           


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