Poemário.

Poemário.

sábado, 20 de agosto de 2011

Pés descalços.

Havia pés descalços, uma face marcada pelo traço que as lágrimas haviam deixado.
O ar de superioridade já não existia ali.
Era como se fosse pó.
A única maneria de saber que ainda existia vida naquele corpo de menina, era pelo pulsar dolorido que seu coração exercia...
O sol ainda estava à pino, mas a solidão já ocupava um lugar ali e já havia muito tempo.
A garota de cabelos amarrados no alto, não sabia porque estava ali.
Talvez estivesse sóbria ou fora de si.
Não pode conter a dor por não ver nenhuma face conhecida em volta.
Ela desabou, literalmente.
Suas mãos apertadas contra o peito, pareciam empurrar a dor de volta.
Uma tentativa fracassada.
Tentou chamar por nomes que em algum momento de sua vida fizeram sentido.
Mas, não houve nenhuma resposta, a não ser o ecoar de suas feridas que vinham do horizonte, ou de qualquer outro lugar.
Pois já não tinha percepção de espaço e tempo naquele momento.
Ela pensou em terminar.
Terminar com sua vida, com sua dor e principalmente com aquelas lembranças surreais, que ela nem sabia se eram boas.
Então, por um segundo a menina ergueu os olhos para algo que eu não consegui ver, e sorriu.
Naquele momento a vida da garota chegou ao fim.

                                                                       Jéssikinha.Santos

2 comentários:

  1. ahh, esa história foi a melhor. simplesmente pq ela morreu no final, eu adoro isso KSOAKSA

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  2. Ai Caah .. Só voce mesmo..
    Tbm curti essa ai.. =D

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